Redução de lesões em técnicos em radiologia
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Os recursos ergonômicos do sistema móvel de aquisição de imagens DRX-Revolution ajudam a reduzir lesões.
Por Demetria Thomas, técnica em radiologia (R) com certificação pelo American Registry of Radiologic Technologist (ARRT).
A profissão de técnico em radiologia exige muito fisicamente. Dia após dia ajudamos pacientes a subir e descer de mesas de exames, cadeiras de rodas e macas, e os direcionamos para a posição mais adequada em uma série de exames. Esses movimentos físicos repetitivos podem causar lesões. Felizmente, alguns sistemas de aquisição de imagens médicas contam com recursos ergonômicos capazes de reduzir as lesões sofridas pelos técnicos. Acredito que as instituições de aquisição de imagens devem considerar esses recursos ao avaliar a compra de novos equipamentos.
Sou técnica nessa especialidade há 11 anos, atuando principalmente em exames gerais de raios X. Durante esse período, trabalhei em quatro hospitais (dois deles de trauma de nível 1), uma unidade correcional, três centros de imagens e duas unidades de atendimento de urgência. Ainda que os locais e os tipos de exame variem, as lesões nos ombros, nos pulsos e nas costas sofridas pelos técnicos em radiologia são semelhantes. Além disso, um estudo com 401 membros da American Society of Radiologic Technologists identificou que mais da metade (251 deles ou 62,6%) sofreu lesões ocupacionais, sendo a maioria lesões musculares (205 deles ou 81,7%). (1)
Os recursos ergonômicos do DRX-Revolution ajudam a reduzir lesões.
As lesões nas costas ocorrem geralmente pela movimentação física de um paciente: da mesa de exame para a cadeira de rodas, da cadeira de rodas para uma mesa de exame ou a posição em pé e, após o exame, a repetição desses movimentos na ordem inversa. Felizmente, a utilização crescente da aquisição de imagens no leito para a realização de exames gerais de raios X elimina essas etapas.
No entanto, deslocar sistemas móveis de aquisição de imagens que pesam mais de 450 kg e manobrá-los por corredores de hospitais lotados e salas de UTI apertadas são grandes desafios. Trabalhei com diversos sistemas móveis de aquisição de imagens e, pela minha experiência, o mais ergonômico é o sistema móvel de raios X Carestream DRX-Revolution. Minha primeira experiência com o equipamento foi no primeiro ano da faculdade. Naquela época, era o único sistema móvel de raios X com coluna dobrável e eu pensei: “Uau! Isso é incrível”. Ao longo de minha formação, soube de vários casos de técnicos que se chocavam acidentalmente com objetos e pessoas pela falta de uma linha de visão clara e segura durante o transporte.
Restrição de movimentos que podem causar lesões.
Elevadores e corredores cheios não são os únicos locais onde há risco em potencial. Manobrar o sistema em uma área apertada da UTI, do pronto-socorro ou do centro cirúrgico pode exigir um esforço considerável para empurrá-lo e puxá-lo. Quem já trabalhou no primeiro turno da manhã de uma UTI sabe da necessidade de realizar diversos exames de raios X de tórax nos espaços exíguos dessas unidades de tratamento. Todo esse esforço de empurrar e puxar causa muito desgaste para o corpo. Em todos os hospitais em que trabalhei, havia sempre pelo menos um técnico com lesão em um dos ombros ou no manguito rotador que exigia cirurgia.
Os movimentos simples e suaves do DRX-Revolution ajudam a reduzir a possibilidade de lesões decorrentes do deslocamento repetitivo de um sistema móvel para o lugar certo. Eu posso literalmente empurrá-lo com um dos dedos. A facilidade para manobrar o sistema também é extraordinária, sendo possível fazer um giro de 360 graus com pouco esforço.
Outro recurso vantajoso do DRX-Revolution é a agilidade da coluna, flexível o bastante para um giro de 90 graus. Essa capacidade de manobra nos permite realizar mais exames no leito dos pacientes, inclusive exames transversais. Sem esse recurso, seria necessário deslocar o paciente para uma sala de raios X, com todos os movimentos físicos que esse transporte envolve.
A mais nova versão do DRX-Revolution conta com recursos adicionais que minimizam movimentos de flexão e laterais. Alguns desses recursos são os posicionamentos elevados da gaveta do detector e o cabo de alimentação elétrica, localizado próximo ao topo do carrinho. O sistema conta também com uma cabeça de tubo menor, mais leve e com equilíbrio melhor, que é fácil de controlar.
Outra lesão causada por movimentos repetitivos é decorrente do manuseio de um detector. Muitos detectores pesam aproximadamente 3 kg ou mais. Ao realizar exames de tórax no leito, muitas vezes utilizamos uma das mãos para segurar o detector e a outra para posicionar o paciente. Eu me lembro de ter ouvido um estalo perturbador no pulso de uma colega enquanto ela posicionava um detector atrás de um paciente. Fiquei muito entusiasmada quando soube que a Carestream agora oferece o Detector Lux 35 sem vidro, que pesa quase 1 kg menos que os modelos tradicionais. E, com um design ergonômico e suportes integrados para os dedos, é muito mais fácil posicionar o detector.
Apoio para a equipe reduzida do turno da noite.
Recursos ergonômicos de última geração que ajudam a reduzir as lesões são valiosos em especial para o turno da noite, quando, em geral, a equipe é menor, possivelmente contando com um quinto dos técnicos do turno diurno. Normalmente, quanto menor for a equipe, mais exames serão realizados por cada técnico, implicando mais movimentos que podem causar lesões. A falta dos colegas que estão se recuperando dessas lesões gera ainda mais estresse e demandas físicas dos profissionais em atuação.
Espero que a perspectiva de uma ex-técnica em radiologia torne mais centros cientes da importância de avaliar os recursos ergonômicos dos equipamentos de aquisição de imagens médicas. Reduzir as demandas físicas e o potencial de lesões pode ajudar a melhorar não só a saúde de um técnico, mas também sua satisfação no trabalho e, por sua vez, reduzir a rotatividade dos profissionais. Além disso, a economia de tempo possibilitada por esses recursos pode ajudar a aumentar a produtividade, outra métrica importante para os administradores de centros de radiologia.
Demetria Thomas, técnica em radiologia (R) com certificação pelo American Registry of Radiologic Technologist (ARRT), atua hoje como desenvolvedora de produtos da DST Innovations.
Saiba mais
Confira a publicação sobre fundamentos da captura de imagens para técnicos em radiologia
Referências
1 Occupational Injuries Involving Medical Imaging and Radiation Therapy Professionals © 2020 American Society of Radiologic Technologists https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32381660/